26 de mai. de 2009

CRAVO BRANCO


Veio do nada, indicava ser uma flor

Nasceu viçosa, e tão cheia de fulgor

Não a plantei, simplesmente apareceu

Se alguém o fez; creio ter sido um beija-flor.

Trouxe em seu bico a semente, e ali lançou

Em poucos dias germinou, se fez nascer

Desenvolveu-se e foi tomando seu espaço

Acompanhei-a passo a passo, o seu crescer.

E com o tempo, linda flor desabrochou

Um cravo branco, como nunca vira assim

Tive um presságio que era a vida a me sorrir

Tão perfumado, tinha o cheiro do jasmim.

A branca flor, deslumbrante, sem igual

Espécime raro, quimérico, em meu quintal

Perguntava-me; terá ela um triste fim...

De onde veio, e quem a plantou pra mim?...

Seria os deuses, que por dó ou brincadeira

Aproveitando a vasta sombra da palmeira

Teriam ali, depositado a tal semente...

Que belo cravo, foi-me dado de presente.

E que ficou por longo tempo a perfumar

A enfeitar o meu viver, meu coração...

Até que um dia, um vento forte o fêz ao chão

Geme de dor o meu jardim; que solidão!


Autora: Pequenina 28/02/06

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